Moto supera ônibus e carro e é o principal meio de transporte para o trabalho no Ceará

30,8% da população que trabalha fora de casa no Ceará utiliza moto para chegar ao trabalho. Thiago Gadelha/SVM A motocicleta se consolidou como o principal m...

30,8% da população que trabalha fora de casa no Ceará utiliza moto para chegar ao trabalho. Thiago Gadelha/SVM A motocicleta se consolidou como o principal meio de transporte utilizado pelos trabalhadores cearenses. Cerca de 30,8% da população que trabalha fora de casa no Ceará utiliza moto para chegar ao trabalho, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual é superior ao de quem se desloca de automóvel (18,9%) ou de ônibus (15,8%). Segundo o levantemento, 2,5 milhões de pessoas se deslocam diariamente para o trabalho no Estado. Apenas 0,4% dos trabalhadores utilizam trem ou metrô e 1,2% usa van, perua e semelhantes. Em contraste, 501 mil cearenses (19,6%) ainda vão a pé para o trabalho e 211 mil (8,3%) usam bicicleta. Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp Os dados também evidenciam diferenças entre classes sociais e níveis de escolaridade. Entre os trabalhadores com ensino superior completo, 45,8% usam automóvel para ir ao trabalho. Já entre os que têm baixo nível de instrução, o transporte a pé (29%) e a motocicleta (28,8%) são predominantes. A pesquisa ainda mostra que a maioria leva de 6 a 30 minutos no trajeto de casa até o emprego. No entanto, populações preta e indígena enfrentam trajetos mais longos: 30,4% dos trabalhadores pretos e 29,3% dos indígenas levam mais de 30 minutos para chegar ao trabalho. 🔎 O IBGE considera o tempo gasto entre o domicílio e o local do trabalho principal, desconsiderando paradas intermediárias, como levar filhos à escola ou fazer compras. Nos casos em que o trabalhador sai de outro local — como a faculdade — o tempo considerado é o do retorno para casa. As informações se referem à semana de 25 a 31 de julho de 2022 e abrangem apenas quem se desloca pelo menos três vezes por semana até o trabalho. Outros destaques da pesquisa: Maior parte da população trabalha no próprio município de residência: 2,9 milhões de pessoas (89,2%) trabalham na mesma cidade em que residem. 273,3 mil pessoas (8,4%) se deslocam para trabalhar em outro município. Home office X Presencial: 2,3 milhões (70% da população cearense ocupada) trabalha fora do domicílio de residência e 625,9 mil (19,2%) trabalha em casa ou na propriedade. Seis minutos até meia hora de deslocamento: O tempo de deslocamento mais comum para trabalho é de seis minutos até meia hora, para 70,5% dos homens e 72,0% das mulheres. Deslocamento para estudo: No Ceará, das 2,3 milhões de pessoas que frequentavam instituição de ensino, 2,2 milhões (93,2%) estudavam no próprio município de residência. O deslocamento para outro município para estudar era feito por 158,6 mil pessoas (6,8%) no Estado. Mais pessoas se deslocam de cidade no ensino superior: A necessidade de deslocamento para outro município aumenta significativamente com o nível do curso, chegando a 31% no superior de graduação e 31,6% na especialização, mestrado ou doutorado. Veja no mapa abaixo quanto tempo os trabalhadores levam para chegar ao emprego na sua cidade. No Brasil, carro é o principal meio de transporte até o trabalho IBGE: Carro é o principal meio de transporte até o trabalho; 21% vão de ônibus, 18%, a pé Enquanto no Ceará a motocicleta é o principal meio de transporte para o trabalho, no Brasil o destaque é o carro: 21,4 milhões de pessoas utilizam o automóvel para se deslocar até o emprego, o que representa 31,8% dos deslocamentos no país. Dois em cada três trabalhadores brasileiros (67%) levam até meia hora para chegar ao trabalho. Outros 14,5 milhões (20%) gastam entre 30 minutos e 1 hora no trajeto, enquanto 7,4 milhões (10%) enfrentam deslocamentos de 1 a 2 horas diariamente. Já 1,3 milhão de pessoas (1%) passam mais de duas horas no caminho até o emprego. Infográfico - Mapas mostram tempo de deslocamento até o trabalho nas cidades brasileiras. Arte/g1